Perto
- Eu nunca ouvi você dizer que me ama...
- Mas eu já te disse várias vezes que te amo...
- Disse sim. Mas disse escrevendo pelo whatsapp. Mas eu nunca ouvi sua voz dizer isso pra mim.
Na hora chega um áudio com um "eu te amo, muito muito muito" dito por ela. Eu fico sem jeito de dizer "preferiria ouvir pessoalmente" e apenas respondo do mesmo modo.
- Não vejo a hora de te ver novamente.... volta aqui logo.
- Falta pouco! Só mais 5 semanas e vão passar voando.
Eu não sei onde estava com a cabeça quando fiz a loucura de pegar um voo pro sul e encontrar alguém que eu só falava por Facebook e Whatsapp há 2 meses mas que logo de cara eu senti o coração bater mais forte. Ela mexeu comigo. Demais.
Nos vimos. Ficamos. Ela disse "quero você pra sempre" e eu, no impulso, perguntei "então quer namorar comigo?" tendo a sua resposta positiva possivelmente por impulso também.
E voltei lá 2 meses depois. E sinceramente não sentia tanta falta física dela nesse intervalo. Nos falávamos todos os dias, por horas. Nos víamos, nos dávamos prazer, trocávamos confidências, desabafávamos. Era como te-la ao meu lado a todo momento.
No meu retorno até lá tudo foi maravilhoso novamente. Era hora dela vir me visitar dois meses depois. E ela veio e não voltou. Preparou tudo para pode morar comigo. Seu trabalho pôde ser de longe da antiga cidade, online mesmo. A família dela entendeu essa loucura também.
Assim, sem imaginar 6 meses antes, eu estava tendo uma vida de casado agora. E era muito diferente.
Diferente até mesmo a forma de vê-la.
Eu conheci defeitos dela que não conhecia. Ficar falando comigo enquanto eu lia, trocar de canal sem avisar, largar a panela sem tampa em cima do fogão, arrumar minhas coisas de tal modo que eu não consiga achar....
Certamente ela também se irritou com defeitos meus. Não deve ter gostado deu só dormir com ventilado ligado em qualquer estação do ano, nem da minha mania de acumular o máximo de roupa pra lavar ou de guardar tudo na geladeira.
Essas pequenas coisas foram irritando até não poder mais que tudo era motivo de briga entre nós.
Um dia ela brigou comigo porque eu não tinha brigado com ela e achou que eu não a queria mais. Eu briguei com ela porque ela brigou comigo pela falta de briga.
Tem horas que nem o álcool, o beijo e o sexo resolvem mais as brigas e é hora de cada um ir pro seu canto. Mas pra que canto ela iria se só tinha a mim aqui?
E assim me vi desconfortável em minha própria casa. Apenas tive a certeza que antes de tê-la morando comigo, devia ter conhecido-a. E conhecer é conviver, não ver apenas o que a pessoa quer mostrar, porque era assim o nosso romance: uma ilusão do romance perfeito do casal perfeito que nós dois criamos. Mas era isso: ilusão.
Uns dias depois ela foi embora. Umas semanas depois já tinha outra pessoa dormindo comigo. Mas essa outra pessoa ia pra sua casa, perto da minha, logo depois de acordar.
E essa outra pessoa falou "eu te amo" pra mim pela primeira olhando nos meus olhos e podendo ver minha expressão ao ouvir. E foi bem melhor assim.
- Disse sim. Mas disse escrevendo pelo whatsapp. Mas eu nunca ouvi sua voz dizer isso pra mim.
Na hora chega um áudio com um "eu te amo, muito muito muito" dito por ela. Eu fico sem jeito de dizer "preferiria ouvir pessoalmente" e apenas respondo do mesmo modo.
- Não vejo a hora de te ver novamente.... volta aqui logo.
- Falta pouco! Só mais 5 semanas e vão passar voando.
Eu não sei onde estava com a cabeça quando fiz a loucura de pegar um voo pro sul e encontrar alguém que eu só falava por Facebook e Whatsapp há 2 meses mas que logo de cara eu senti o coração bater mais forte. Ela mexeu comigo. Demais.
Nos vimos. Ficamos. Ela disse "quero você pra sempre" e eu, no impulso, perguntei "então quer namorar comigo?" tendo a sua resposta positiva possivelmente por impulso também.
E voltei lá 2 meses depois. E sinceramente não sentia tanta falta física dela nesse intervalo. Nos falávamos todos os dias, por horas. Nos víamos, nos dávamos prazer, trocávamos confidências, desabafávamos. Era como te-la ao meu lado a todo momento.
No meu retorno até lá tudo foi maravilhoso novamente. Era hora dela vir me visitar dois meses depois. E ela veio e não voltou. Preparou tudo para pode morar comigo. Seu trabalho pôde ser de longe da antiga cidade, online mesmo. A família dela entendeu essa loucura também.
Assim, sem imaginar 6 meses antes, eu estava tendo uma vida de casado agora. E era muito diferente.
Diferente até mesmo a forma de vê-la.
Eu conheci defeitos dela que não conhecia. Ficar falando comigo enquanto eu lia, trocar de canal sem avisar, largar a panela sem tampa em cima do fogão, arrumar minhas coisas de tal modo que eu não consiga achar....
Certamente ela também se irritou com defeitos meus. Não deve ter gostado deu só dormir com ventilado ligado em qualquer estação do ano, nem da minha mania de acumular o máximo de roupa pra lavar ou de guardar tudo na geladeira.
Essas pequenas coisas foram irritando até não poder mais que tudo era motivo de briga entre nós.
Um dia ela brigou comigo porque eu não tinha brigado com ela e achou que eu não a queria mais. Eu briguei com ela porque ela brigou comigo pela falta de briga.
Tem horas que nem o álcool, o beijo e o sexo resolvem mais as brigas e é hora de cada um ir pro seu canto. Mas pra que canto ela iria se só tinha a mim aqui?
E assim me vi desconfortável em minha própria casa. Apenas tive a certeza que antes de tê-la morando comigo, devia ter conhecido-a. E conhecer é conviver, não ver apenas o que a pessoa quer mostrar, porque era assim o nosso romance: uma ilusão do romance perfeito do casal perfeito que nós dois criamos. Mas era isso: ilusão.
Uns dias depois ela foi embora. Umas semanas depois já tinha outra pessoa dormindo comigo. Mas essa outra pessoa ia pra sua casa, perto da minha, logo depois de acordar.
E essa outra pessoa falou "eu te amo" pra mim pela primeira olhando nos meus olhos e podendo ver minha expressão ao ouvir. E foi bem melhor assim.
Comentários